Pular para o conteúdo principal

"Contratuando com um analista"

É na afirmação de Clarice Lispector que inicio esse humilde texto: "Sobre mim, sobre os outros e sobre a vida. Porque... para mim o importante não são os fatos reais, mas sim sua repercussão no indivíduo".

Muitas vezes a tentativa de resolucionar ou de demonstrar algo ao homem torna-se infundada quando o meio usado é mal interpretado pelo outro, conviver com a contraditoriedade humana e sua inconstância é extremamente difícil, seja no trabalho, com os amigos, com familiares ou no relacionamento amoroso.
Shakespeare dizia que nem a altura, peso ou músculos tornam uma pessoa grande, mas sim a sua sensibilidade sem tamanho e salientava isto muito bem, vez ou outra me pego justificando essa minha auto-suficiência incerta, que ora se torna dependência. Sensibilidade é preciso! mas, que droga! esse mundo capitalista restringe quase todas as nossas ações! que insensível, não? Ai se sêsse um analista que me faça entender, ou ao menos conviver em paz com isto. O homem vive no contraditório e em sua inconstância, come e bebe nela que até a sua real moradia se perdeu há séculos diante disto, seria necessário mais que palavras gramaticalmente erradas para resolucionar isto na vida das pessoas, e eu não me arrisco a tentar tal feito.
Cada indivíduo vale de acordo com as consequências e não com as intenções, quer algo mais contrário que isto? quanta incoerência, não? Difícil é enxergar com outros olhos as inúmeras tentativas de trazer algo bom, mesmo que alguma pedra no caminho nos faça tropeçar... Como lidar com essa dificuldade é a questão, eu ainda não sei, e você?

"Evidentemente a mente é como um baú, e o homem decide o que nele guardar, mas a razão prevalece e impões seus limites. Ele permite se esquecer de lembrar, é como se pasasse a vida inteira eternizando uma miragem"

Comentários

  1. "É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo."

    (Clarice Lispector)

    Dizem que todos os psicólogos,psiquiatras são loucos, mas realmente só tendo um pouco de "loucura" para entender a verdadeira essencia do ser humano.

    ResponderExcluir
  2. como se eles entendessem...

    ResponderExcluir
  3. Você é a melhor!

    ResponderExcluir
  4. td q eu precisa ouvir hj!

    ResponderExcluir
  5. Acho que já sou Anônimo também...

    td q eu precisa ouvir hj! [2x]

    ResponderExcluir
  6. Bom, tenho alguns palpites, mas todos são falhos pois nunca os coloquei em prática (só idéias não adiantam, tenho elas ao milhares, mas o que realmente vale é qual delas ponho em prática). Bom, cada vez mais me convenso que o indivíduo e "indivíduo" e que não é o mundo, nem um analista que compreenderá a sua essência. Pois vinhemos sozinhos a este mundo e pelejamos sozinhos. Não quero dá uma de dramático ou de depressivo, mas se prestares atenção: saímos da casa dos nossos pais, deixamos as namorada(o)s em casa e voltamos para a nossa solidão (indivíduo). Não digo que isso seja uma coisa ruim, mas sim fato! Bom eu também não sei o que fazer Talita, mas acho que é algo que temos que descobrir sozinhos. Claro que respeito a opinião dos outros, inclusive aprenderíamos muito mais se ouvissemos mais. Eu por exemplo, não dispenso uma conversa com a tiazinha idosa que as vezes senta ao lado nas inúmeras viagens que faço pra enganar minha solidão, e matar a saudade da família, amigos. Eu ainda não descobri. Pior é perceber que não precisaríamos tanto de analista talvez não fossem tantos as limitações que o capitalismo nos impõe (isso se permitimos, pois somos nós, sozinhos - e esse é o lado "bom" da coisa). Resumindo, o capitalismo criou ou sustenta o analista e nos limita a nos conhecermos por si só.

    Ass: CSP

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Possibilidades

Ao longo dos séculos, o ser humano vem buscando verdades absolutas sobre determinados fatos e sentimentos, posicionando-se contra a importante e relevante ação da relatividade dos fatos sobre a vida. Diante disto, vivemos entre tantas incertezas e percebemos que tudo ao nosso redor esta passivo à sofrer certas mudanças durante todo o tempo, compreendendo então que existem diversos ângulos sobre peculiares situações, que não existe definição findada para absolutamente nada, sugerindo então, a possibilidade de chegarmos a tantos outros novos resultados "finais",  e principalmente, a tentarmos buscar a felicidade, encontrar um amor, acertar em nossas escolhas por tantas outras vezes, que peculiarmente, dependerá unica e exclusivamente da coragem pessoal de enfrentarmos novos desafios a cada erro ou a cada momento voluntariamente deixado para trás.   Deste modo, podemos retirar algo de valoroso de qualquer circunstância que venha a surgir em nosso trajeto, seja ela de cunho 

Seja um amor ou um vício, um hábito não é uma necessidade (...)

Aquilo ou alguém não deixa de ter sua devida importância para o mundo, eles apenas deixam de ser prioridade para você, se seus caminhos são diferentes e vão de embate aos seus vícios e até mesmo seus hábitos, então você os encara e busca viver sem os mesmos. É necessário perceber que existe um fim para TUDO na vida, fim este que poderá ser humano ou divino. Aceitar que chegou ao fim é um começo, não se pode substituir tudo, acredito, por exemplo, na ideia de que existem pessoas insubstituíveis, momentos raros e sensações únicas na vida. Pode-se então viver de outra maneira, sob novos ventos, horizontes e novas perspectivas. É preciso se deixar cercar pela felicidade, por pessoas que querem te fazer sorrir e te fazer BEM, porque se você vive algo que não te satisfaz "por inteiro" e não te trás coisas boas não vale a pena. Albert Einstein dizia que "Se os fatos não se encaixam na teoria, modifique-os" . Se existem estudos que apontam que o Tabagismo é um hábi

Patologias do amor

O amor é uma doença incurável, um vício insaciante, quanto mais se sofre, mais ainda quer-se arder em dor, como um ser envenenado, que dispensa sua cura, pois, seus olhos estão completamente fechados para tudo que ocorre à sua volta. É mais difícil largar do que se imagina, sequer pensar em resistir... ele arrebata nosso coração de tal forma que coloca-nos de ponta cabeça, leva-nos à noites mal dormidas seja de alegria ou tristeza... flores em dias simplórios, chances de declarações perdidas, cartões espalhados pela casa, choros inoportunos, sensações de angústia e dor, extrema felicidade e excitação, são as coisas mais bobas e infantis, os olhares mais sérios e seguros, o desejo pelo "infinito" ou a dor do adeus... como é dificil abandonar, por mais mal que chegue a nos causar, dizer não ao que mais se deseja, ao que tanto nosso coração pulsa sem sequer pedir nosso consentimento... é demais, para um ser mortal e amante, que tem sede de amar, mesmo em plena consciência do sof